Mais de 50% das noivas não trocaram sobrenome após casamento em MT, aponta pesquisa

  • 14/12/2025
(Foto: Reprodução)
Alianças de casamento Pedro Cunha/g1 Mais de 50% das mulheres que se casaram no ano passado não trocaram de sobrenome para adotar o do marido, de acordo com um levantamento da Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Anoreg-MT). Os dados são dos cartórios de registro civil. A pesquisa mostra um comportamento de mais independência dos casais e uma busca por mais praticidade no dia a dia, evitando a burocracia de atualizar os documentos de identidade oficial. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp É o caso da bióloga Cecília Lozano de la Rosa, de 37 anos, que recém-casou na terça-feira (9), em Cuiabá. Ela disse que não pretende trocar de sobrenome por duas razões. “O não uso do sobrenome do marido é uma representação de independência. Na geração dos meus avós, o uso era inquestionável. Ou seja, não era perguntado para a noiva se queria ou não usar. Automaticamente era usado o sobrenome do marido”, afirmou. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Além disso, Cecília vive na capital cuiabana há sete anos e dez meses desde que saiu da Venezuela. Este é o segundo motivo de evitar a mudança de sobrenome após o casamento: a busca por naturalidade brasileira. Isso porque, se trocasse de nome, poderia atrasar o processo. Tudo o que ela busca, agora, é adiantar essa etapa e evitar dor de cabeça com burocracia. O que vai em linha com o observado na pesquisa. O presidente da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais Seção Mato Grosso (Arpen-MT), Rodrigo Oliveira Castro, afirmou que a independência do casal e a procura por mais praticidade explicam essa tendência, que veio para ficar. “É uma evolução da sociedade, a autonomia do casal em ter decisões mais consensuais. E eles optam por esse caminho. Acho que tem um segundo fator, que é a questão prática. A alteração no sobrenome exige aquela etapa de mudança de documentos e buscamos praticidade no dia a dia. [Os casais procuram] evitar passar por essas etapas burocráticas”, explicou. Nos anos 2000, segundo ele, a tendência era maior entre as noivas que adotavam o sobrenome do marido após o casamento. Nos últimos 20 anos, contudo, houve uma mudança gradual até atingir esse patamar atual, que tende a se estabilizar. “A sociedade chegou a esses números hoje, por não mudar de sobrenome, mas acredito que sempre vai ter alguém que mude. Acho que chegamos num patamar de equilíbrio. Isso tende a se estabilizar, nem um aumento exacerbado e nem um retorno à situação anterior”, disse. Com isso, o estado registrou mais de 19 mil casamentos no ano passado. Deste total, 10.320 das noivas não alteraram o sobrenome. Um cenário que contrasta com 2003, início da série histórica da pesquisa, que teve um total de 10.310 casamentos, sendo que apenas 1.860 optaram em não mudar o sobrenome. Outra mudança de comportamento revelada pela pesquisa mostra que os dois, tanto noivo quanto a noiva, escolheram alterar os sobrenomes, o que passou a ser permitido pelo novo código civil. No último ano, a inclusão do sobrenome pelos dois aconteceu em 993 celebrações de um total de 19 mil. Em 2003, eram apenas 63 casais que escolheram essa opção de um total de 10.310 casamentos. Cecília Lozano de la Roza em comemoração após casar em Cuiabá Arquivo pessoal

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/12/14/mais-de-50percent-das-noivas-nao-trocaram-sobrenome-apos-casamento-em-mt-aponta-pesquisa.ghtml


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